Já passou da hora de repensarmos um novo modelo de intermediação, pois o que tem sido praticado no mercado brasileiro há tempos mostra sinais de esgotamento. Além de promover a desorganização do segmento, imóveis excessivamente pulverizados em diferentes empresas têm impactado na eficiência operacional das imobiliárias e dos corretores.

Um modelo de sucesso, adotado em mercados como os dos Estados Unidos, Canadá, Espanha, entre outros, é baseado em listas consolidadas, onde as redes imobiliárias coordenam seus esforços e cooperam entre si em um ambiente mais seguro e estruturado.

Essa estratégia colaborativa traz benefícios operacionais concretos às empresas participantes, deixando-as mais preparadas para atuar no mercado, trazendo benefícios para as duas partes envolvidas no negócio imobiliário – vendedor e comprador.

Sob a perspectiva do vendedor, esse compartilhamento gera eficiência na comercialização do banco de imóveis da empresa. E, para o comprador, proporciona uma taxa maior de conversão de clientes interessados em comprar ou alugar um imóvel.

Para que esse modelo funcione, é importante entender e implementar o sistema de MLS, que é uma lista consolidada de imóveis em oferta e compartilhada entre os corretores para o trabalho com exclusividade.

O objetivo é ajudar os profissionais do mercado imobiliário a comercializar os imóveis de maneira mais eficiente, otimizando tempo, energia e custos, já que as informações comerciais são compartilhadas com parceiros do sistema MLS.

Assim, todos trabalham em parceria e essa soma de esforços entre os corretores para divulgar e comercializar seus imóveis contribui para a melhoria do mercado como um todo.

Nelson Parisi Júnior
Presidente da Rede Imobiliária Secovi